Polis Ria Formosa - Olhão - PMA
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Polis Ria Formosa – Olhão

Sociedade Polis Litoral Ria Formosa

 

Uma das funções primordiais que a proposta preconiza para o Parque, corresponde à possibilidade de realização de eventos de índole recreativa, cultural, desportiva, entre outros. O objetivo principal revela uma grande polivalência de usos, quer no que diz respeito à dimensão dos eventos a realizar, bem como à temática associada.
Assim, existirá uma área própria (Centro de Eventos) que encerra um conjunto edificado, e uma área pavimentada com cerca de 4000m2 que inclui um polo de espetáculos ao ar livre (o palco 1). Contudo, este Centro de Eventos pode expandir-se para Sul, em direção à clareira, onde existe uma área de grelha de enrelvamento que permite uma utilização mais intensa. Nesta zona de clareira, poderá ainda ser instalado um palco (o palco 2), para a realização de espetáculos a que estejam associadas assistências mais numerosas.
A Alameda da Feira e a Alameda do Parque são espaços que aliam as funções de circulação e estadia, à possibilidade de instalação de estruturas amovíveis que poderão servir de suporte à realização de eventos próprios ou extensão de outros de maior dimensão, que se possam realizar no Centro de Eventos.
O Parque Ribeirinho de Olhão será servido por duas áreas de estacionamento. A área de estacionamento Norte, com capacidade para cerca de 80 veículos, está diretamente relacionada com o Centro de Eventos, e constitui área de apoio aos utentes que acedam ao Parque pela entrada Norte.
Numa posição mais central, associada às áreas de mais intensa utilização, surge uma outra área de estacionamento adoçada à avenida 5 de outubro, com capacidade para cerca de 120 veículos. Esta nova área, constitui um prolongamento das áreas já existentes ao longo da mesma avenida, reforçando-se de forma efetiva a capacidade de estacionamento.
A utilização da vegetação assume papel de grande relevância na proposta apresentada para o parque ribeirinho de Olhão. Desde logo, a tipologia “parque”, pressupõe uma componente vegetal significativa que na presente proposta se formaliza através de três sistemas fundamentais: o sistema de vegetação arbórea, o sistema de vegetação arbustiva e o sistema de vegetação herbácea.
O Trilho da Ria aproveita a cumeada dos paredões existentes para separação dos antigos tanques. Surge no seguimento do Passeio da Ria, que se desenvolve adoçado às Lagoas Sul e Nascente, mas agora com menor largura e um pavimento menos rígido, porque se pretende para este extremo do Parque, uma imagem mais naturalizada e uma menor carga de utilização.
Pretende-se que esta lagoa tenha uma função lúdica, com especial vocação para o hidromodelismo. Para o efeito potencia-se o acesso ao plano de água, formalizado num amplo deck em madeira a instalar na margem nascente da lagoa. O deck constituirá uma ampla frente de água facilmente utilizável pelos visitantes, bem como pelos praticantes de hidromodelismo, a partir de onde poderão telecomandar as embarcações. Existirá um sistema de iluminação artificial de forma a garantir a utilização noturna do recinto, nomeadamente para a realização de provas de hidromodelismo.
Associado ao deck existirá uma bancada que, para além de lhe facilitar o acesso, permite a estadia, e a observação dos pequenos barcos telecomandados que estejam a ser manobrados. Constitui ainda uma mais valia para a organização de eventos / concursos associados ao hidromodelismo, possibilitando a acomodação de uma vasta assistência que possa aí acorrer.
No canto Sudeste da lagoa existirá um miradouro, o Miradouro da lagoa, que permite o domínio visual sobre esta. Terá associado algum equipamento e mobiliário urbano, que fomenta a estadia e constitui um convite a parar, para quem percorre o Passeio da Ria.
Adoçado à margem Sul da Lagoa, desenvolve-se o Passeio da Ria, que permite a circulação pedonal em posição de grande domínio sobre a paisagem da Ria. Ao longo deste Passeio existirão plataformas em madeira (onde será instalado algum mobiliário urbano), que permitem a estadia e funcionam como miradouros. Permitem ainda o acesso ao areal da Praia da Ria, que, em situação de baixa-mar, constitui uma área significativa de recreio livre.
Pretende-se que esta lagoa tenha uma função essencialmente de estadia, como suporte à intensa atividade preconizada para o Passeio das Lagoas, que lhe está adoçado. Assim, a estadia mais formal que poderá acontecer no Passeio (em áreas de esplanadas associadas a eventuais edifícios de apoio), será complementada por soluções de estadia mais informal, que se formalizam nas suas margens Norte e Nascente – o Solário e a Bancada, respetivamente.
No Solário, o sistema de socalcos permite apropriações livres e informais, como o estar deitado nas superfícies relvadas, a ler, dormir ou a apanhar banhos de Sol.
Associado à margem Sul existe um pequeno deck em madeira, que para além de poder funcionar como um pequeno palco, constitui uma área de estadia junto ao plano de água.
Esta lagoa, mais próxima da marginal e dos acessos nascente do Parque destina-se a atividades lúdicas e de recreio tais como o aluguer de pequenos barcos ou “gaivotas”, e espetáculos ao ar livre, bem como á localização de equipamento de restauração e correspondente esplanada.
Para tal, na sua conceção, foram integrados diversos elementos e equipamentos de modo a proporcionarem as diversas atividades propostas. Assim, no topo nascente foi criado um grande deck, ao nível do espelho de água, vocacionado para esplanada do equipamento de cafetaria e restauração e apoio as atividades náuticas. Este deck, que servirá também de cais para barcos e “gaivotas”, prolonga-se em passadiço com ligação à zona do anfiteatro.
O anfiteatro desenvolve-se aproveitando a inclinação das margens da lagoa, ficando a zona do palco sobre o espelho de água. Este conjunto terá uma dupla funcionalidade, pois para além de espetáculos musicais ou outros, funcionará também como espaço de estadia e observação da lagoa.
Há que referir que a eventual ligação entre esta lagoa e as que lhe são adjacentes poderá ser uma hipótese a encarar caso o conjunto de atividades a implementar assim o justifique.
As clareiras constituem situações de especial relevo na estrutura preconizada para o Parque, porquanto concretizam espacialidades e ambiências particulares e permitem usos muito diversificados.
O Lado Poente desta clareira, abre-se para um primeiro plano de grande valor natural, constituído por um vasto campo de salinas associado a um braço da Ria Formosa, com a cidade de Faro em pano de fundo.
Por oposição, a clareira Norte, encerra-se sobre si própria, isolando-se do exterior. Apresenta uma forte relação com outras unidades geográficas do Parque – O Centro de Eventos, a Alameda da Feira, e a Praça do Parque -, complementando-se mutuamente do ponto de vista funcional.
O Centro de Eventos do Parque Ribeirinho de Olhão localiza-se no seu limite Norte, sendo formalizado através de uma vasta área de pavimento permeável, que assegura a constituição de uma superfície regular e confortável.
Este espaço adota a tipologia de terreiro, sendo ensombrado por vegetação arbórea, disposta em alinhamentos de compasso alargado, que permite a fácil instalação de estruturas ou equipamentos de apoio e promoção de eventos de ordem recreativa, cultural e desportiva.
O Centro de Eventos compreende ainda um conjunto edificado, que encerra estruturas de apoio (sanitários, receção, etc.), como permite a realização de mostras de menor dimensão, em recinto coberto. Este conjunto resulta da reabilitação de um edifício pré-existente, sendo que se propõe a manutenção da alta chaminé, que funcionará como referencial do Parque.
Embora não seja previsível a curto prazo a ampliação do porto de recreio, considerou-se que a sua implantação não deveria ser desprezada ou inviabilizada com a solução para a requalificação dos espaços ribeirinhos.
Nesse sentido, a solução proposta para o parque não contemplando o porto de recreio ou ampliação do existente, prevê que este possa vir a ser implantado de uma forma integrada e conjugada com a proposta para o Parque nesta fase.
Assim, de acordo com a planta síntese alternativa apresentada, com a solução para o porto de recreio, este seria implantado com aproveitamento da área das lagoas, sendo que toda a infrestruturação e os próprios equipamentos seriam aproveitados e desenvolvidos.

Em coautoria com PB.ARQ

Promotor: Sociedade Polis Litoral Ria Formosa

Localização:

Olhão – Algarve

Projeto:

Concurso – 2009

Programa:

Plano de requalificação de espaços ribeirinhos , parques  públicos e percursos pedonais.

Parque público de relação da cidade com a Ria Formosa.

Espaço de feiras e exposições ao ar livre.

Equipa:

Arquitetura

– João Cottinelli Telmo Pardal Monteiro – Arquiteto

– Manuel Cottinelli Telmo Pardal Monteiro – Arquiteto

– António Pedro Batista Pardal Monteiro – Arquiteto

– Sónia Machado Mendes – Arquiteta

– Pedro Cunha – Arquiteto

– Maria Russo – Arquiteta estagiária

Paisagismo

– PB.ARQ – Arquitetura Paisagista

Category

CONCURSOS